quarta-feira, 11 de maio de 2011

O passado quase esquecido das snakes

The Almost Forgotten Past of Snakes


Artigo originalmente escrito por Tibia.com.


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Já era tarde quando Odemara Taleris fechou sua joalheria e se dirigiu apressadamente para casa. Um casal de noivos desejava suas alianças decoradas com uma gema, mas infelizmente levaram quase duas horas para concordarem sobre qual jóia. Suas crianças, Zoran e Zarah haviam acabado de chegar de um fim de semana com seus avós em Port Hope e ela sabia que eles já estavam a sua espera. Eles sempre esperavam ansiosos por suas histórias de ninar e ela não queria perder esse momento com seus filhos.

Quando Odemara entrou no quarto de Zarah, seus pequeninos já estavam vestidos para dormir. "Mamãe! Por favooor, você tem que nos contar a história das snakes (serpentes)!" gritava Zoran enquanto Zarah batia palmas com entusiasmo. Odemara estava um pouco surpresa: "Snakes? Uma história sobre snakes?" "Sim, nós ouvimos dois aventureiros em Port Hope e adivinhe sobre o que estavam falando... Snakes! Você sabia que não da pra pegar itens de uma snake? Isso é verdade, é verdade? Você não pode abrir uma snake? Elas não tem nenhum loot?" Zoran estava realmente empolgado. Sua mãe sorriu e sentou-se na beirada da cama. "Bem, parece que esses aventureiros não sabem muito sobre snakes, então deixem que eu conte a verdadeira história." Zoran e Zarah se acomodaram confortavelmente na cama.


"Há muito tempo, as snakes carregavam itens como qualquer outra criatura que vocês conheçam e realmente valia a pena o risco de ser envenenado. Snakes adoravam coisas brilhantes, cintilantes e faiscantes, então vocês podem imaginar que elas comiam todo tipo de gemas e jóias que pudessem encontrar. Entretanto, tempos difíceis aguardavam por elas. Histórias sobre os incontaveis tesouros que as snakes carregavam com elas se espalharam como fogo e logo Zathroth, o Destruidor começou a se interessar. Ele consideravam as pobres snakes uma presa fácil e uma fonte de riquezas para seus asseclas equiparem-se para as batalhas. Zathroth ordenava que suas hordas malignas as caçassem, pegassem o loot e vendessem sempre que precisavam de dinheiro rápido. As snakes não podiam se defender com sucesso, seu veneno não era forte o bastante para derrubar um orc feroz. Entretanto, não levou muito tempo até que Fardos, o Criador e Uman, o Sábio soubessem da nova fonte de riquezas de Zathroth e eles tiveram uma engenhosa idéia para estragar seus planos. Com seus poderes eles selaram as snakes para sempre, assim ninguém poderia sequer abrir seus corpos para pegar seus tesouros. Embora as snakes estivessem salvas de serem caçadas por gemas e jóias, elas estavam em pânico e cheias de terror. Oh, como elas temiam o turbilhão de fúria de Zathroth!"

"Então ele é um deus muito malvado? Ele é, mamãe?" perguntou a pequena Zarah de cara fechada. "Oh sim, minha querida, ele é conhecido por suas explosões temperamentais. Uma vez ele matou centenas de seus asseclas em sua fúria cega apenas porque um deles não se curvou o bastante. E assim as snakes se espalharam por todo mundo de Tibia para se esconder da raiva de Zathroth. Algumas até mesmo deixaram a terra para buscar refúgio nos mares e algumas poucas se adaptaram para viver no deserto. No entanto todas ainda amam seu querido lugar de origem, os pântanos ao redor de Venore." Zoran não podia acreditar: "Você quer dizer... nossa Venore? Aqui é o berço das snakes?" "Não apenas seu berço, querido, é também seu cemitério!" Odemara disse com um olhar significativo em sua direção. "Cada velha snake, seja uma cobra, uma sea serpent ou apenas uma simples snake verde, todas elas retornam ao lugar onde seus ancestrais nasceram quando a morte se aproxima. Então elas entram em um transe profundo e se deixam afundar no pântano para se juntar a ele em seu sono eterno. Hoje em dia as pessoas acreditam que as snakes não carregam qualquer loot, mas agora vocês sabem que isso não é verdade."

Zarah já havia caído em um sono gentil, se aninhando em seu baby sea doll, enquanto os olhos de Zoran ainda brilhavam de interesse: "Mas… o que aconteceu com todas as gemas e jóias que elas engoliram durante sua vida?" "Bem…," Odemara parou para pensar por um momento e então completou, piscando um olho: "O corpo de uma snake apodrece, é claro, mas gemas não. Os rumores dizem que os pântanos ao redor de Venore estão cheios de tesouros valiosos, além de seus mais sonhos mais loucos." Ela deu um suave beijo de boa noite na testa de Zoran, que a ouvia com a boca aberta. "'Noite, mamãe!" ele gritou, limpou o beijo e correu para seu quarto sem a algazarra habitual. Odemara sorriu.


Uma vez em seu quarto, Zoran fechou a porta e focou a gaveta ao lado de sua cama. Seu rosto brilhava de excitação quando ele se aproximou lentamente, abriu a gaveta e tirou o grande e brilhante diamante que ele havia encontrado dois dias atrás quando cavava com sua pá próximo aos pântanos. Ele olhou o diamante com admiração, virou e virou em suas mãos, olhou para sua velha e suja pá encostada na parede, olhou de volta para seu diamante e começou a rir para si mesmo. Ele cuidadosamente escondeu o diamante de novo na gaveta e foi para cama. Poucos minutos depois ele já estava a caminho da terra dos sonhos e viu a si mesmo sentado em uma pilha de jóias.