In the Beginning...
Artigo originalmente escrito por Tibia.com
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"Ah, Tio Amaro, eu encontrei este documento em sua mochila. Parece muito velho. é o seu testamento ou o quê?" Vani se aproximou de mim com uma cara cheia de emoção e curiosidade. Eu não conseguia reprimir um sorriso ao ouvi-la me chamando de tio. Vários meses atrás, eu conheci a jovem aventureira e um pouco imprudente, na minha caminhada para Edron. A paixão em seus olhos quando se fala sobre monstros ferozes, terras desconhecidas e mistérios à desvendar, lembrou tanto à mim nessa idade, que imediatamente senti o impulso de oferecer-lhe proteção e orientação. Desde então, temos viajados juntos, e em muitas noites eu conto-lhe histórias ao redor da fogueira.
"Meu testamento? Certamente que não! Vã em frente, abra." Eu dei-lhe um aceno encorajador. Ela abriu o documento com muito cuidado e seus olhos se arregalaram de surpresa. E então, o riso. "Mas por que você carrega um rolo cheio de rabiscos de uma criança?". Ela apontou para os esboços simples sobre o pergaminho. "Bem, na verdade, eu fiz esses desenhos. Tentei imitar pinturas rupestres. Você sabe, para parecer antigo." Ela riu. "Mas o que... O que é isso? O que eles mostram? Uh-oh Eu sinto uma história aqui, Amaro!". Suspirei e me sentei ao lado dela. "Vani, você quer ser uma aventureira, mas você não sabe nada sobre seu passado." Tomei o livro dela e coloquei-o no chão em nossa frente. "Ele mostra seu passado. Meu passado. O passado de todos tibianos. A gênese!". Vani franziu a testa: "A gênese? Errr! Eu realmente não gosto de aulas de história, Amaro. Elas me enchem, até a morte..." "Você, minha filha, não têm ideia sobre a gênese então. É cheia de grandes histórias, emoções, batalhas sangrentas, criaturas ferozes, momentos heroicos... Nenhuma das minhas aventuras chega nem perto, das proporções épicas da gênese”. Minha voz ecoou pela noite. Vani riu defensivamente. "Certo, certo, Amaro. Conte-me o espírito disso. Mas não me conte a mesma velha história que você encontra em todos os livros, ou vou adormecer em poucos minutos. Eu gosto de algum drama e ação, você sabe.” "Então, o Gênesis é apenas o lugar certo para encontrar isso. "Aqui", eu apontei para o livro. "Meus humildes desenhos vão nos guiar durante a noite.”
“Tudo tem um começo e a nossa história se inicia quando os deuses mais antigos, Fardos - o Criador - e Uman Zathroth saíram do grande e infinito vazio. Cheio de poder criativo, Fardos lutou desesperadamente para dar vida, para criar. Contudo, todos os seus esforços foram em vão: suas criações foram todas devoradas pelo vazio em um piscar de olhos. Então ele pediu ajuda a Uman Zathroth - um deus que combina duas metades antagônicas em si mesmo. Movido por sua paixão pelo conhecimento e discernimento, Uman, o Sábio, ofereceu voluntariamente os seus poderes mágicos enquanto a outra metade, Zathroth, o Destruidor, sombrio e corrupto por natureza, não sentiu nada a não ser inveja e ressentimento - e negou o pedido."
- "Ha! Então é ele, não é?!”- Vani cruzou os braços e franziu a testa. - "Aquele?”- "Sim, é ELE. Você sabe, o mal supremo, o mentor sombrio, o senhor do terror e caos, o pregador apocalíptico da condenação, o originador do pecado, o grande e maligno adversário, o..." "Espere, Vani!" Eu balancei a minha cabeça suavemente. "Eu apenas apresentei os deuses antigos e você já está tirando conclusões. Não seja tão apressada! Deixe-me continuar..." "Mas eu tenho certeza que ele é o cara mau, eu sei disso." Ela murmurou, fazendo levemente uma careta. "Sim, continue tio Amaro, sou toda ouvidos..."
"Bem, onde nós paramos? Ah, sim! Então Fardos e Uman uniram forças para criar algo para durar. Ainda assim, nenhuma das suas tentativas foi bem sucedida e o poder que eles gastaram escoou para o vazio. Então, algo inesperado aconteceu e nenhum dos deuses soube explicar o porquê. Uma deusa brilhante levantou-se do vazio, irradiando perfeita harmonia. Tibiasula. Fardos e Uman saudaram a bela divina, que de bom grado concordou em trabalhar com eles. Zathroth, entretanto, estava cheio de ódio mas escondeu os seus sentimentos naquele momento.
Finalmente, Uman teve a ideia de criar um fundamento firme para construir as suas criações. Um ponto fixo onde eles poderiam concentrar as forças criativas brutas. Eles inventaram o conceito de tempo. Até Zathroth ficou intrigado com a ideia de colocar as coisas em movimento e antecipou que o tempo poderia eventualmente levar à decadência e destruição. Então, pela primeira vez, todos os quatro deuses combinaram os seus poderes e energias e criaram a coluna de cristal do tempo. No entanto, a alegria de Fardos e Uman não durou muito tempo: Zathroth forjou secretamente uma adaga envenenada com o seu ódio e a natureza ingênua de Tibuasula fez dela a presa perfeita. Uma dia, ele a emboscou e mergulhou o punhal em seu coração. A harmonia foi quebrada. Enquanto a sua vida se esvaía, os quatro elementos - fogo, água, ar e terra foram saindo de seu corpo. Chocados e desesperados, Fardos e Uman salvá-la mas, no fim, tudo o que eles puderam fazer foi lançar uma poderosa magia para selar os restos mortais dela na coluna do tempo. Eles teceram os elementos em poderososfios e, assim, formaram a primeira criação genuína.
O elemento terra formou Tibia, a terra fértil, enquanto o azul do mar foi criado a partir de Sula, o elemento água. O ar se tornou em uma brisa suave protegendo as terras, enquanto o mar foi aquecido pelo fogo, vindo debaixo. Todos os elementos estavam cheios de vida, mas eles também eram selvagens e nenhum deles lembrava a natureza delicada de Tibiasula. No entanto, Uman e Fardos descobriram que os elementos carregavam a semente da vida com eles. Unindo-se com eles, os deuses foram capazes de criar novas entidades. E assim eles fizeram e os deuses menores surgiram: Fafnar e Suon, Crunor, o senhor das árvores, Nornur, o deus do destino e Bastesh, a senhora do mar."
"Fafnar e Suon? Ah, eu ouvi falar deles. Eles estão sempre perseguindo um ao outro através dos céus, é por isso que existe dia e noite. Ela é um pouco atrevida, não é? Incendiou o mundo com suas chamas e atacou a pobre deusa dos mares Bastesh como uma besta..." Vani parecia orgulhosa. "Ah, sim, a guerra entre Fafnar e Suon... mas uma única noite não é suficiente para contar todas essas histórias, então vamos focar nas gênesis..." "sim, sim, continue! Então, e Zathroth? Ele também... você sabe... uniu-se com um elemento?" "Não, não com um dos elementos. Mas os poderes destrutivos de Fafnar o agradaram bastante, e, eventualmente, ele a seduziu. O fruto dessa união foi a fúria violenta, Brog, o Raivoso, o Titã, furioso e selvagem como sua mãe. Implacavelmente, um fogo abrasador queimava no fundo de seu peito e tornava mais e mais insuportável ao longo do tempo. Um dia, ele conseguiu libertar toda a dor com uma chama mágica repleta de fúria. E assim o primeiro dragão Garsharak veio à existência. Fascinado por sua criação, Brog criou mais vida, dessa vez para sua própria imagem: os ciclopes. Seu poder para criar vida também chamou a atenção de seu pai Zathroth, cujo poderes de criação eram bastante inferiores. Ele estimulou Brog a continuar seus empenhos e assim os trolls, goblins e, finalmente, sua obra-prima, os orcs, espalharam-se por todo o mundo.
As criações de Zathroth logo causaram estrago por onde passavam. Na tentativa de parar a devastação das belas terras Tibianas, alguns dos deuses inferiores criaram suas próprias criaturas para proteger Tibia. Mesmo assim, nem os lobos, nem as cobras e tampouco as aranhas venenosas eram fortes o suficiente para lutar contra as hordas devastadoras. Mas então, a era dos dragões teve início. Justo quando os orcs estavam para dominar todo Tibia, Garsharak enviou seus parentes para conquistarem as terras e dominar os outros. Inúmeros exércitos de orcs e ciclopes foram derrotados pelos superiores dragões e sua respiração ardente. No entanto, os dragões também sofreram inúmeras perdas e, logo, todas as raças competiram umas com as outras em uma batalha épica pela sobrevivência. Uma enxurrada de morte tomou conta do Tibia. Haviam pilhas de cadáveres e rios de sangue onde quer que você olhasse.
Mesmo que Fardos e Uman não tivessem piedade dos asseclas de Zathroth mortos, eles sabiam que os corpos estavam prestes a afogar toda vida. Todavia, Zathroth interferiu em seus planos pra criar um novo deus para cuidar dos corpos mortos. Disfarçado de Uman, ele se uniu com a terra e então Urgith, o mestre dos mortos-vivos, nasceu. Com o seu poder profano, ele reviveu os cadáveres em um estado de morte em vida, transformou-os em criaturas sem vontade própria, seguindo ordens e banqueteando-se dos vivos com uma fome insaciável. Devido aos inúmeros corpos mortos que haviam se acumulado, logo o exército de mortos-vivos de Urgith se espalhou pelas terras tibianas. Fardos e Uman ficaram horrorizados ao ver a sua criação sendo devastada pelos mortos-vivos. Então Uman apressou-se a se unir com a terra como o planejado. Entretanto, seu filho Toth, o guardião das almas, não conseguia conter a praga. Apesar de todos os seus esforços para guiar as almas atormentadas dos mortos para o outro mundo pacífico, Urgith e seus servos mortos-vivos continuaram a reinar sobre o Tibia."
"Amaro, que horror! Você poderia passar esta parte rapidamente, por favor?" Eu ri da cara de nojo de Vani. "Não se preocupe, Vani! Fardos e Uman não desistiram tão facilmente. Eles tentaram criar uma raça sensível, forte o suficiente e disposta a enfrentar as abominações de Urgith. Eles criaram raça após raça, mas todas elas foram derrotadas pelos cadáveres ambulantes. A maioria destas raças foi eliminada completamente e desapareceram no esquecimento, exceto os elfos e anões que, pelo menos, sobreviveram de alguma forma. Zathroth regozijou-se com todo este caos e destruição, ainda mais quando algumas destas criaturas caíram em tentação e mudaram de lado. Dizem que Fardos e Uman puniram os traidores sem piedade. Alguns até acreditam que estas criaturas banidas foram as que Zathroth mais tarde transformou nos primeiros demônios.
Eventualmente, no entanto, Fardos e Uman criaram uma raça marcada por muito mais flexibilidade que qualquer outra raça já havia tido antes. Banor, o Guerreiro Divino, e com ele os humanos nasceram. As habilidades de batalha de Banor eram incomparáveis. Ele foi um cavaleiro magnífico, um líder lendário. Os humanos adaptaram-se bem às duras condições e assumiram a luta contra o exército de Zathroth e as legiões profanas de Urgith.
Numerosas batalhas violentas se seguiram - cruéis e sem qualquer misericórdia. Fardos e Uman tentaram auxiliar Banor e os humanos para ajudá-los a virar a maré da sorte. Uman introduziu aqueles que estavam dispostos à arte da magia e assim surgiu a vocação de sorcerers. Crunor, o Senhor das Árvores, ofereceu-se para ensinar os segredos da vida e muitos humanos seguiram seu chamado para se tornarem um druid. Com sua esposa Kirana, Banor gerou Elane, que foi altamente hábil tanto nas artes de combate à distância quanto nas artes secretas da magia. Ela foi a primeira paladina nobre. Mas, apesar dos esforços combinados e os diversos poderes das quatro vocações, os humanos várias vezes sofriam derrotas quando a espada de Banor já estava ocupada em outro campo de batalha e eles tinham que lutar sem seu valente líder. Por isso, Banor pediu aos antigos deuses por ajuda de novo. Consequentemente, eles criaram o portal de almas: uma misteriosa e mágica passagem que permitia almas de outras dimensões entrarem no reino de Tibia na forma de heróis humanos.
Com a ajuda desses campeões, a raça humana logo estava à beira da vitória contra as hordas de mortos-vivos. Confrontados pela superioridade humana, os mortos-vivos, orcs, dragões e todas as outras raças subitamente decidiram colocar as suas diferenças de lado e juntaram forças contra a humanidade. Uma trégua foi assinada e, novamente, Tibia foi colocada em estado de guerra. A raça humana lutou contra os seus inúmeros inimigos e foi forçada a recuar e buscar abrigo em cidades fortificadas. Surpreendentemente, um estado de equilíbrio foi alcançado entre os humanos e os seus inimigos. A vida humana começou a florescer dentro dos limites das cidades. No entanto, criaturas ferozes e hostis nunca deixaram de existir. Os inimigos não estavam espreitando apenas do lado de fora das cidades. Alguns humanos começaram a se voltar contra a sua própria raça e alguns campeões perderam as suas vidas no campo de batalha desde então. Assim, mesmo hoje, os heróis são necessários para lutar por um futuro brilhante."
Vani olhou pensativa. "Pergunto-me se Zathroth ainda prossegue com algum tipo de plano maligno para trazer destruição total ao Tibia?" "Bem, acho que só podemos esperar que, o que quer que o futuro nos traga, estaremos prontos para enfrentar." Vani sorriu. "Certamente. Essa foi uma história inspiradora, Amaro. E estou pronta para fazer minha parte assim como meus antepassados fizeram a deles." Ela olhou para o céu noturno e eu assenti com confiança. "Não vai levar muito tempo até Fafnar e Suon continuarem a perseguir um ao outro pelo céu, Vani. Acho que é melhor você descansar um pouco agora. Vou vigiar o fogo e certificar que ele não apague. E talvez eu tente melhorar um pouco as minhas habilidades com desenhos”.
Bons sonhos!
Amaro
Artigo originalmente escrito por Tibia.com
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“Tudo tem um começo e a nossa história se inicia quando os deuses mais antigos, Fardos - o Criador - e Uman Zathroth saíram do grande e infinito vazio. Cheio de poder criativo, Fardos lutou desesperadamente para dar vida, para criar. Contudo, todos os seus esforços foram em vão: suas criações foram todas devoradas pelo vazio em um piscar de olhos. Então ele pediu ajuda a Uman Zathroth - um deus que combina duas metades antagônicas em si mesmo. Movido por sua paixão pelo conhecimento e discernimento, Uman, o Sábio, ofereceu voluntariamente os seus poderes mágicos enquanto a outra metade, Zathroth, o Destruidor, sombrio e corrupto por natureza, não sentiu nada a não ser inveja e ressentimento - e negou o pedido."
"Bem, onde nós paramos? Ah, sim! Então Fardos e Uman uniram forças para criar algo para durar. Ainda assim, nenhuma das suas tentativas foi bem sucedida e o poder que eles gastaram escoou para o vazio. Então, algo inesperado aconteceu e nenhum dos deuses soube explicar o porquê. Uma deusa brilhante levantou-se do vazio, irradiando perfeita harmonia. Tibiasula. Fardos e Uman saudaram a bela divina, que de bom grado concordou em trabalhar com eles. Zathroth, entretanto, estava cheio de ódio mas escondeu os seus sentimentos naquele momento.
O elemento terra formou Tibia, a terra fértil, enquanto o azul do mar foi criado a partir de Sula, o elemento água. O ar se tornou em uma brisa suave protegendo as terras, enquanto o mar foi aquecido pelo fogo, vindo debaixo. Todos os elementos estavam cheios de vida, mas eles também eram selvagens e nenhum deles lembrava a natureza delicada de Tibiasula. No entanto, Uman e Fardos descobriram que os elementos carregavam a semente da vida com eles. Unindo-se com eles, os deuses foram capazes de criar novas entidades. E assim eles fizeram e os deuses menores surgiram: Fafnar e Suon, Crunor, o senhor das árvores, Nornur, o deus do destino e Bastesh, a senhora do mar."
"Fafnar e Suon? Ah, eu ouvi falar deles. Eles estão sempre perseguindo um ao outro através dos céus, é por isso que existe dia e noite. Ela é um pouco atrevida, não é? Incendiou o mundo com suas chamas e atacou a pobre deusa dos mares Bastesh como uma besta..." Vani parecia orgulhosa. "Ah, sim, a guerra entre Fafnar e Suon... mas uma única noite não é suficiente para contar todas essas histórias, então vamos focar nas gênesis..." "sim, sim, continue! Então, e Zathroth? Ele também... você sabe... uniu-se com um elemento?" "Não, não com um dos elementos. Mas os poderes destrutivos de Fafnar o agradaram bastante, e, eventualmente, ele a seduziu. O fruto dessa união foi a fúria violenta, Brog, o Raivoso, o Titã, furioso e selvagem como sua mãe. Implacavelmente, um fogo abrasador queimava no fundo de seu peito e tornava mais e mais insuportável ao longo do tempo. Um dia, ele conseguiu libertar toda a dor com uma chama mágica repleta de fúria. E assim o primeiro dragão Garsharak veio à existência. Fascinado por sua criação, Brog criou mais vida, dessa vez para sua própria imagem: os ciclopes. Seu poder para criar vida também chamou a atenção de seu pai Zathroth, cujo poderes de criação eram bastante inferiores. Ele estimulou Brog a continuar seus empenhos e assim os trolls, goblins e, finalmente, sua obra-prima, os orcs, espalharam-se por todo o mundo.
As criações de Zathroth logo causaram estrago por onde passavam. Na tentativa de parar a devastação das belas terras Tibianas, alguns dos deuses inferiores criaram suas próprias criaturas para proteger Tibia. Mesmo assim, nem os lobos, nem as cobras e tampouco as aranhas venenosas eram fortes o suficiente para lutar contra as hordas devastadoras. Mas então, a era dos dragões teve início. Justo quando os orcs estavam para dominar todo Tibia, Garsharak enviou seus parentes para conquistarem as terras e dominar os outros. Inúmeros exércitos de orcs e ciclopes foram derrotados pelos superiores dragões e sua respiração ardente. No entanto, os dragões também sofreram inúmeras perdas e, logo, todas as raças competiram umas com as outras em uma batalha épica pela sobrevivência. Uma enxurrada de morte tomou conta do Tibia. Haviam pilhas de cadáveres e rios de sangue onde quer que você olhasse.
Mesmo que Fardos e Uman não tivessem piedade dos asseclas de Zathroth mortos, eles sabiam que os corpos estavam prestes a afogar toda vida. Todavia, Zathroth interferiu em seus planos pra criar um novo deus para cuidar dos corpos mortos. Disfarçado de Uman, ele se uniu com a terra e então Urgith, o mestre dos mortos-vivos, nasceu. Com o seu poder profano, ele reviveu os cadáveres em um estado de morte em vida, transformou-os em criaturas sem vontade própria, seguindo ordens e banqueteando-se dos vivos com uma fome insaciável. Devido aos inúmeros corpos mortos que haviam se acumulado, logo o exército de mortos-vivos de Urgith se espalhou pelas terras tibianas. Fardos e Uman ficaram horrorizados ao ver a sua criação sendo devastada pelos mortos-vivos. Então Uman apressou-se a se unir com a terra como o planejado. Entretanto, seu filho Toth, o guardião das almas, não conseguia conter a praga. Apesar de todos os seus esforços para guiar as almas atormentadas dos mortos para o outro mundo pacífico, Urgith e seus servos mortos-vivos continuaram a reinar sobre o Tibia."
"Amaro, que horror! Você poderia passar esta parte rapidamente, por favor?" Eu ri da cara de nojo de Vani. "Não se preocupe, Vani! Fardos e Uman não desistiram tão facilmente. Eles tentaram criar uma raça sensível, forte o suficiente e disposta a enfrentar as abominações de Urgith. Eles criaram raça após raça, mas todas elas foram derrotadas pelos cadáveres ambulantes. A maioria destas raças foi eliminada completamente e desapareceram no esquecimento, exceto os elfos e anões que, pelo menos, sobreviveram de alguma forma. Zathroth regozijou-se com todo este caos e destruição, ainda mais quando algumas destas criaturas caíram em tentação e mudaram de lado. Dizem que Fardos e Uman puniram os traidores sem piedade. Alguns até acreditam que estas criaturas banidas foram as que Zathroth mais tarde transformou nos primeiros demônios.
Eventualmente, no entanto, Fardos e Uman criaram uma raça marcada por muito mais flexibilidade que qualquer outra raça já havia tido antes. Banor, o Guerreiro Divino, e com ele os humanos nasceram. As habilidades de batalha de Banor eram incomparáveis. Ele foi um cavaleiro magnífico, um líder lendário. Os humanos adaptaram-se bem às duras condições e assumiram a luta contra o exército de Zathroth e as legiões profanas de Urgith.
Numerosas batalhas violentas se seguiram - cruéis e sem qualquer misericórdia. Fardos e Uman tentaram auxiliar Banor e os humanos para ajudá-los a virar a maré da sorte. Uman introduziu aqueles que estavam dispostos à arte da magia e assim surgiu a vocação de sorcerers. Crunor, o Senhor das Árvores, ofereceu-se para ensinar os segredos da vida e muitos humanos seguiram seu chamado para se tornarem um druid. Com sua esposa Kirana, Banor gerou Elane, que foi altamente hábil tanto nas artes de combate à distância quanto nas artes secretas da magia. Ela foi a primeira paladina nobre. Mas, apesar dos esforços combinados e os diversos poderes das quatro vocações, os humanos várias vezes sofriam derrotas quando a espada de Banor já estava ocupada em outro campo de batalha e eles tinham que lutar sem seu valente líder. Por isso, Banor pediu aos antigos deuses por ajuda de novo. Consequentemente, eles criaram o portal de almas: uma misteriosa e mágica passagem que permitia almas de outras dimensões entrarem no reino de Tibia na forma de heróis humanos.
Com a ajuda desses campeões, a raça humana logo estava à beira da vitória contra as hordas de mortos-vivos. Confrontados pela superioridade humana, os mortos-vivos, orcs, dragões e todas as outras raças subitamente decidiram colocar as suas diferenças de lado e juntaram forças contra a humanidade. Uma trégua foi assinada e, novamente, Tibia foi colocada em estado de guerra. A raça humana lutou contra os seus inúmeros inimigos e foi forçada a recuar e buscar abrigo em cidades fortificadas. Surpreendentemente, um estado de equilíbrio foi alcançado entre os humanos e os seus inimigos. A vida humana começou a florescer dentro dos limites das cidades. No entanto, criaturas ferozes e hostis nunca deixaram de existir. Os inimigos não estavam espreitando apenas do lado de fora das cidades. Alguns humanos começaram a se voltar contra a sua própria raça e alguns campeões perderam as suas vidas no campo de batalha desde então. Assim, mesmo hoje, os heróis são necessários para lutar por um futuro brilhante."
Vani olhou pensativa. "Pergunto-me se Zathroth ainda prossegue com algum tipo de plano maligno para trazer destruição total ao Tibia?" "Bem, acho que só podemos esperar que, o que quer que o futuro nos traga, estaremos prontos para enfrentar." Vani sorriu. "Certamente. Essa foi uma história inspiradora, Amaro. E estou pronta para fazer minha parte assim como meus antepassados fizeram a deles." Ela olhou para o céu noturno e eu assenti com confiança. "Não vai levar muito tempo até Fafnar e Suon continuarem a perseguir um ao outro pelo céu, Vani. Acho que é melhor você descansar um pouco agora. Vou vigiar o fogo e certificar que ele não apague. E talvez eu tente melhorar um pouco as minhas habilidades com desenhos”.
Bons sonhos!
Amaro
The little demon is awake.
The little demon is sleeping.
The little demon looks greedy.
The little demon wants to kiss.
. Pronto! Você conseguiu agradar o baby demondeixando-o feliz.
